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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Minha opinião sobre o conto "Um Natal Assombrado" de Patrícia Morais

Um Natal Assombrado
Patrícia Morais
Conto grátis na smashwords
Minha opinião:
Quando comecei a ler o conto pensei que boa leitura para ter sido realizada no Natal passado, ainda para mais com este título "Um Natal Assombrado"deve ser assustador.

Entretanto pesquisas feitas e fiquei a saber que este é um conto protagonizado pelas personagens do livro "Sombras" publicado pela Coolbooks. 

No geral não gostei de ler este conto, tinha uma ideia pré-concebida e saiu tudo ao contrário e pior saiu mal.

Como já referi, não tem nada a ver com a ideia que eu idealizei para o conto, de assustador nada tem e por isso acho o título não tem muito a ver com o conteúdo do conto. Este é um conto simples, com uma narrativa bem estrutura e compreensível. Nestas poucas páginas ficamos a conhecer um bocadinho daquilo que é o Natal de Lilly agora que está longe da sua família. 

A história deste conto não tem progresso, não houve factor surpresa nem nenhum acontecimento que possamos considerar marcante e cativante. 
No entanto, fiquei com alguma curiosidade em relação ao livro "Sombras". 

Recomendo para quem gosta de contos.

Classificação 2** no Goodreads.

Excelentes leituras!

sábado, 16 de janeiro de 2016

Minha opinião sobre a BD "O céu cai-lhe em cima da cabeça" dos escritores de Albert Uderzo, René Goscinny


O Céu Cai-lhe em Cima da Cabeça

de Albert Uderzo, René Goscinny; Tradução: Maria José Pereira,Paula Caetano; Ilustração: Albert Uderzo
Edição/reimpressão:2006
Páginas: 48
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789724144184
                                 Coleção: Astérix
                               Preço:11,61 (já o tinha em casa desde que foi lançado em 2006)
Comecei a ler:16-01-2016
Terminei de ler:16-01-2016
Sinopse:
«Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 6º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma.

Mais uma vez a famosa aldeia dos irredutíveis gauleses foi invadida! Mas, desta feita, os romanos estão completamente inocentes. De um momento para o outro, todos os habitantes da aldeia gaulesa ficam imobilizados, com excepção de Astérix, Obélix, Panoramix e Ideiafix. Esta situação coincide com a chegada de uma misteriosa nave, tripulada por um estranho personagem de nome Tune, oriundo de uma estrela distante. Os nossos heróis ficam então a saber que possuem uma "arma secreta" pretendida pelos Nagmas, uns seres estranhos e antipáticos, rivais dos habitantes de Wendalsity. Os nossos amigos gauleses vão contar com a preciosa ajuda do simpático Tune, para evitar que a famosa poção mágica caia nas mãos dos terríveis Nagmas - que pretendem tornar-se os únicos senhores do Universo - e espera-se uma missão deveras complicada! Mas nada vai impedir que esta história termine como todas as outras… com um magnífico banquete!

O álbum "O Céu Cai-lhe em Cima da Cabeça" - o 33.º da série Astérix, foi publicado a 14 de Outubro de 2005 simultaneamente em 27 países, e com uma tiragem total na Europa de 8 milhões de exemplares - um novo recorde para esta série. Este livro é a 8.ª aventura de Astérix que Uderzo assina em 27 anos de trabalho a solo.»
retirado do site wook
O escritor Albert Uderzo:
Autor de banda desenhada, ilustrador e publicitário, Albert Aleandro Uderzo nasceu a 25 de Abril de 1927, em Fismes, no Marne (França), no seio de uma família de origem italiana.
Em 1940 foi admitido na SPE (Société Parisienne d'Édition), iniciando-se nas Artes Gráficas como desenhador, entre outras funções. Nesse mesmo ano colaborou com a revista Junior e conheceu o desenhador Edmond-François Calvo, com quem aprendeu a fazer banda desenhada.
Com a França ocupada, interrompeu o seu interesse pela BD durante o tempo em que trabalhou com o pai, numa oficina de um luthier.
Em 1945 publicou a sua primeira BD, Flamberge Gentilhomme Gascon, tendo também criado Clopinard no mesmo ano.
Começou a colaborar com a revista OK em 1946, onde criou várias personagens como Arys Buck, Prince Rollin e Belloy (1948), este último mais tarde recuperado para o jornal La Wallonie (1950) e para as revistas Pistolin(1955) e Pilote (1962). Já no início da década de 50, colaborou noutras publicações como Bravo! (1950), France-Dimanche (1950), aqui como repórter-desenhador, France-SoirLa Chambre du haut, e nas BD publicitárias que surgiram em diferentes jornais. A sua ligação à agência International-Press de Bruxelas aconteceu em 1951, onde conheceu Jean-Michel Charlier, Victor Hubinon, Mitacq, Eddy Paape e Jean Graton, que viriam a revelar-se grandes criadores de BD. Aí, e nesse mesmo ano, conheceu também René Goscinny, com o qual estabeleceu uma cumplicidade que se traduziu em múltiplos trabalhos, iniciada com Jehan Pistolet, um gentil corsário, e com Luc Junior - séries publicadas em 1952 no suplemento "La Libre Junior" do jornal La Libre Belgique. Em parceria com René Goscinny criou também um simpático pele vermelha, Oumpah-Pah (Humpá Pá), cuja primeira versão de 1952 foi recusada por vários editores, mas que acabaria por ser publicada na revista Tintin, entre 1958 e 1962.
Outros periódicos, onde se podem encontrar várias bandas desenhadas de Uderzo, são a revista Risque-Tout(1955), bem como Benjamin et Benjamine (1956) para a qual criou a série do mesmo nome, ou ainda Paris Flirt e Jeannot.
Albert Uderzo, René Goscinny e Jean-Michel Charlier, também argumentista, fundaram em 1955 a Édipresse (agência de imprensa) e a Édifrance (agência de publicidade), a partir das quais nasceram publicações (como a revista Pistolin), personagens e colaborações com outros autores, como resposta a um conflito pelo reconhecimento dos direitos dos autores.
Uderzo esteve intimamente ligado ao nascimento da Pilote, da qual foi o director artístico, maquetista e ilustrador, revista que se tornou um marco na BD europeia dos anos 60. No seu número inaugural, de 29 de Outubro de 1959, apareceu desde logo Astérx, série humorística criada com argumentos de Goscinny, e também Tanguy e Laverdure, série realista criada com argumentos de Jean-Michel Charlier, ambas sob desenho de Uderzo.
Dado o extraordinário êxito conseguido com Astérix, sobretudo a partir do momento em que se popularizam as edições em álbum, Uderzo foi obrigado a deixar as suas outras criações, nomeadamente Tanguy e Laverdure, que continuou com argumentos de Charlier, sob desenho de outros autores.
Ao popularizar-se a sua leitura entre adultos e crianças, Astérix ajudou a aumentar a notoriedade da banda desenhada em França, deixando de ser encarada como uma actividade menor destinada à infância.
Até 1977 foram editados, em média, dois álbuns por ano da série, fruto da grande popularidade adquirida, que também se alargou a outros países europeus. Em simultâneo, desenvolveram-se desenhos animados, produtos derivados e publicidade, que utilizava Astérix para as mais variadas campanhas, consolidando a popularidade do pequeno gaulês e amigos.
Em 1974 Uderzo fundou, com Goscinny e o editor George Dargaud, o Studio Idéfix, dedicado à realização de desenhos animados, que funcionou até 1978. Com a morte de René Goscinny em Novembro de 1977, o último álbum feito pelos dois autores, Astérix chez les Belges (Astérix entre os Belgas), apenas seria editado em 1979. Nesse ano, Uderzo criou as Éditions Albert-René, que editam os álbuns da série que passou a realizar a solo, para além de outros títulos criados por Uderzo e Goscinny. O primeiro álbum de Astérix, produzido a solo, Le Grand Fossé (O Grande Fosso), foi editado em 1980.
De entre as muitas distinções recebidas pela sua obra, destaque para o Grande Prémio do Milénio, atribuído durante o 26.º Festival Internacional de BD de Angoulême, em 1999, e o Prémio "Max und Moritz" o mais prestigiado da BD alemã, concedido no XI Festival Internacional de BD de Erlangen, em 2004.

O escritor René Goscinny:
René Goscinny nasceu a 14 de Agosto de 1926, em Paris (França).
Filho de mãe ucraniana e de pai polaco, passou grande parte da sua infância na Argentina, onde chegou com quase dois anos.
Frequentou o Liceu Francês de Buenos Aires, distinguindo-se como bom aluno, colaborando activamente nos boletins Notre voix e Quartier Latin, onde publicou os seus primeiros textos e desenhos.
Com a súbita morte do pai, no Natal de 1942, a hipótese de ser admitido em Belas-Artes foi posta de parte, começando por trabalhar na publicidade.
Em 1945 partiu para os EUA com a sua mãe, juntando-se a familiares que viviam em Nova Iorque, trabalhando em traduções numa empresa de importações e exportações. Foi em 1948 que se iniciou como assistente num pequeno estúdio de desenho, onde pontificavam nomes que mais tarde se tornarão célebres, como Harvey Kurtzman e outros colegas, que fundarão a revista Mad, em 1952.
Em 1950 conheceu Joseph Gillain (Jijé) e Maurice de Bévere (Morris) que, como ele, tentavam a sua sorte no país de todas as oportunidades. Deste encontro, nascerão vários projectos e a hipótese de tentar a sua sorte na Bélgica e em França.
Regressado à Europa, abandonou a expectativa de vingar nos desenhos, confiando em tirar partido dos seus textos. Acabou por conhecer Albert Uderzo em 1951, em Paris, iniciando-se uma cumplicidade que terá o seu apogeu com a criação de "Astérix", em 1959. Antes disso, colaborou em diversos periódicos, como Moustique eSpirou. Neste último começou a sua longa colaboração com Morris, assegurando os argumentos de Lucky Luke, série criada a solo pelo primeiro, em 1949.
Um conflito pelo reconhecimento dos direitos dos autores acabou por levar a que Goscinny, Uderzo e ainda Jean-Michel Charlier, também argumentista, fundassem a Édipresse/Édifrance, agência especializada na imprensa de comunicação. Aí nasceram publicações de natureza diversa, multiplicando-se as personagens e as colaborações com outros autores.
Em 1955 surgiu Le Petit Nicolas (O Pequeno Nicolau), sob ilustrações de Jean-Jacques Sempé, publicado em Le Moustique, inicialmente como BD, depois em Sud-Ouest e na Pilote, na versão de texto e ilustração. Em 1956 iniciou-se a colaboração na revista Tintin, onde Goscinny pontificou em diferentes séries, destacando-se, no ano seguinte, o aparecimento de Spaghetti (com Dino Attanasio), Modeste e Pompon (com André Franquin) e Oumpah-Pah (Humpá-Pá em Portugal, com Albert Uderzo). Humpá-Pá, o simpático pele vermelha, apareceu em 1958, numa segunda versão, depois de uma experiência sem êxito em 1951.
Goscinny, Uderzo e Charlier lançaram-se numa outra aventura conjunta, ao criarem a revista Pilote, em 1959, que marcou fortemente a BD europeia da década seguinte. Logo no número inaugural surgiu Astérix, a mais célebre das várias criações de Goscinny e de Uderzo que, em poucos anos, se tornou num verdadeiro fenómeno de popularidade e motivo de orgulho para a República Francesa. Pegando num emblemático momento da História de França, a resistência ao invasor romano, e beneficiando de argumentos portentosamente escritos por Goscinny e um registo gráfico que foi sendo aprimorado por Uderzo, a série foi multiplicando o número de títulos e de edições no estrangeiro, sobretudo na Europa, onde a sua popularidade não tem parado de crescer.
Os autores foram impondo um ritmo de dois novos álbuns por ano, cujas tiragens foram batendo sucessivos recordes. No entanto, Goscinny não esmoreceu, as suas outras séries e criações, continuando a trabalhar para vários autores e publicações. Depois de dificuldades iniciais surgidas na Pilote, George Dargaud, importante editor francês, comprou a revista por um preço simbólico. Goscinny e Charlier assumiram a chefia da redacção, começando a revista a registar significativos aumentos nas vendas, ao mesmo tempo que novos talentos como Giraud, Mézières, Fred, Gotlib e Reiser foram despontando.
Em Janeiro de 1962 surgiram As Aventuras do Califa Haroun El Poussah, no primeiro número da revista Record, série depois rebaptizada como As Aventuras do Grão-Vizir Iznogoud, dada a extraordinária popularidade que o grão-vizir usurpador (Iznogoud) começou a desfrutar. Tudo porque ele "quer ser califa no lugar do califa"!
No início da década de 70, reflexo do Maio de 68, retirou-se da chefia de redacção da sua Pilote, contestado pelos autores mais novos, que pretendiam dar outra dinâmica à revista, concentrando-se nas suas múltiplas criações. Fundou nessa época, com Uderzo, o Studio Idéfix, dedicado à realização de desenhos animados das suas séries e a sua própria editora, a Éditions Albert-René. 
Faleceu na sua cidade natal, a 5 de Novembro de 1977, vítima de uma crise cardíaca, no auge da sua popularidade, trabalhando a um ritmo frenético, com muita energia, criatividade e talento. A sua obra, de tão vasta que é, deu origem ao Dictionnaire Goscinny (Dicionário Goscinny), saído em 2003, volumoso livro em que pontificam todos os seus trabalhos editados em livro/álbum, com os seus autores a considerarem que seria necessário um outro similar referente às histórias que nunca saíram das páginas de jornais e revistas. As dezenas de livros editados com o seu nome, alguns com tiragens de vários milhões de exemplares, tornaram-no no autor francês mais traduzido em todo o Mundo.
A sua esposa Gilberte (entretanto falecida) e a sua filha Anne instituíram o Prémio René Goscinny, que recompensa jovens argumentistas de BD e cuja entrega ocorre, todos os anos, durante o Festival de Angoulême.
Minha opinião:
Já fazia muito tempo que não lia uma BD, principalmente do Astérix. Em tempos li muitas mas não sei bem porquê mas parei de as ler.
Foi excelente o reencontro com este tipo de livro, claro que será escusado referir que adorei, são as minhas BD preferidas. Fartei-me de rir e isso descomprimiu um pouco das outras leituras.

Recomendo para quem gosta de BD.
Classificação  de 4**** no Goodreads.
Excelentes leituras!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Minha opinião sobre o livro "Carta a um Refém" do escritor Antoine Saint-Exupéry

Carta a um Refém

de Antoine de Saint-Exupéry
Edição/reimpressão:2015
Páginas: 64
Editor: Relógio D'Água
ISBN: 9789896414962
Preço: 9,50 euros (prenda de natal da minha irmã no ano de 2000)
Comecei a ler: 15-01-2016
Terminei de ler:15-01-2016
Sinopse:
«Quando, em dezembro de 1940, atravessei Portugal de passagem para os Estados Unidos, Lisboa surgiu-me como uma espécie de paraíso luminoso e triste. Falava-se então muito de uma invasão iminente, e Portugal apegava-se à ilusão da sua felicidade. Lisboa, que organizara a mais encantadora exposição que já se vira no mundo, sorria com um sorriso um tanto pálido, semelhante ao daquelas mães que, não tendo notícias de um filho que está na guerra, se esforçam por o salvar através da sua confiança: "O meu filho está vivo, porque eu estou a sorrir…", "Vejam como estou feliz, tranquila e bem iluminada…", assim dizia Lisboa. O continente inteiro pesava sobre Portugal como uma montanha selvagem cheia de tribos predatórias; Lisboa em festa desafiava a Europa: "Como poderão tomar-me por alvo quando tenho tanto cuidado em não me esconder! Quando eu sou tão vulnerável!…"»retirado do site wook

O escritor Antoine Saint-Exupéry:
"Nasceu há cem anos, a 29 de Junho, em Lyon, Antoine de Saint-Exupery, autor de "O Principezinho", o livro mais traduzido em todo o mundo, a par da Bíblia e de "O Capital", de Karl Marx. A sua morte, aos 44 anos, num acidente de aviação, ainda hoje permanece um mistério e adensou o mito à sua volta.
Órfão de tenra idade, Saint-Exupery desde cedo mostra apetência pelos aviões e fez o seu baptizado de voo logo aos 12 anos. Com um aproveitamento irregular no Colégio de Jesuítas que frequentava, tenta a admissão à Escola Naval, mas não consegue, tendo então optado pela arquitectura. Faz o serviço militar em Estrasburgo, no 2º Regimento de Aviação, obtém um brevet, e sofre o primeiro acidente aéreo (seriam mais cinco, ao longo da sua vida, alguns bastante graves, tendo chegado a fracturar o crânio, teve uma comoção cerebral, fracturas múltiplas, ficou parcialmente paralisado no braço esquerdo).
Trabalha em várias companhias aéreas. O seu primeiro conto, "L'Aviateur" é publicado em 1926. "Courrier Sud", depois adaptado ao cinema, (Saint-Exupery dobrou ele próprio o actor principal nas cenas de voo) sai 2 anos mais tarde. Em 1931 publica o romance, "Vol de Nuit" ("Voo Nocturno"), com prefácio de André Gide, a que é atribuído o prémio Femina. Um pouco à semelhança da sua vida, "Voo Nocturno" mostra-nos um homem em que a coragem era tão natural que dela fazia pouco caso. Nesse mesmo ano casa-se com Consuelo Saucin. É repórter na Guerra Civil Espanhola em 1937 (como muitos outros intelectuais intervenientes do seu tempo, casos de Hemingway ou Orwell) e mobilizado como capitão em 1939, ano em que esboça "Le Petit prince" ("O Principezinho") e publica "Terre des Hommes" ("Terra dos Homens"". Desmobilizado no ano seguinte, passa um mês em Lisboa, de onde parte para Nova Iorque. Em 1942 sai "Pilote de Guerre" ("Piloto de Guerra"), que rapidamente se torna um best-seller. Em 1943 escreve e publica "Lettre à un Otage" e "O Principezinho". É promovido a comandante, mas restringem-lhe os voos devido à idade.
Depois de oito missões na Córsega, mais três do que aquelas que lhe haviam autorizado, em 1944, com a 2ª Grande Guerra quase a terminar, é dado como desaparecido no dia 31 de Julho. Depois de ter descolado nessa manhã, desapareceu na imensidão azul celeste que tanto amara, numa derradeira missão sem regresso. Não se sabe ao certo o local da queda. Um pescador defendeu que foi na Baía de Cassis.
Em 1948 sai postumamente o seu romance "Citadelle" ("Cidadela"). A sua escrita encantou várias gerações. Como diz Urbano Tavares Rodrigues, «(Saint-Exupéry) soube transmitir-nos as grandezas dos espaços aéreos e dos silenciosos desertos, as sensações do piloto na carlinga do avião, a pequenez do homem e a sua capacidade de se superar frente ao perigo, perante o infinito ou nas mais duras circunstâncias, como por exemplo as dos náufragos em terra inóspita, despojados de tudo.»retirado do site wook
Minha opinião:
«Mais do que uma epístola em sentido estrito, a Carta a Um Refém é um manifesto épico do autor, no qual se defende o primado do “respeito pelo homem”, uma “chama espiritual” pronta a iluminar o resgate dos “quarenta milhões de reféns” franceses, fechados “nas caves da opressão” nazi. Evocando os vários silêncios do deserto, por ele experimentados no Sara, Saint-Exupéry procura uma definição para a “substância” do que é ser-se humano. Encontra-a, primordialmente, no “desejo cego de um certo calor”, que permite ao homem prosseguir “de erro em erro”, no “caminho que conduz ao fogo”. O autor começa por recordar a sua passagem por Lisboa – “paraíso luminoso e triste” – em dezembro de 1940, onde entreviu refugiados ricos arrastando-se no Casino Estoril como fantasmas.» [José Mário Silva,ExpressoE, 2-5-2015]

Devo confessar que esta carta é realmente extraordinária, pelo seu carácter humano, o modo como o escritor fala do seu grande amigo francês que foi apanhado pelos nazis. O modo com ele fala sobre Lisboa: " Lisboa surgiu-me como uma espécie de paraíso claro e triste.".
A forma como o autor encara a verdade mais pura chegando mesmo a referir que:"...e cada um de nós só detém uma parcela da verdade...".
Um livro que se lê num ápice mas que nos deixa a reflectir muito tempo.
Recomendo vivamente a sua leitura.
Classificação de 5***** no Goodreads.
Excelentes leituras!

Minha opinião sobre o livro "A História da Minha Máquina de Escrever" do escritor Paul Auster

A História da Minha Máquina de Escrever

de Paul Auster
Ilustrações de Sam Messer
Edição/reimpressão:2006
Páginas: 68
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789724147345
Preço:4,90 euros
Comecei a ler:15-01-2016
Terminei de ler: 15-01-2016
Sinopse:
"A História da Minha Máquina de Escrever é um tributo à relação - intensa e muitas vezes determinante - entre um escritor e a sua máquina de escrever. Ao longo de 30 anos, a velha máquina Olympia de Paul Auster foi a corrente de transmissão dos romances, contos e textos de um dos mais emblemáticos escritores norte-americanos. 
Paralelamente, os vigorosos e obsessivos desenhos e pinturas que Sam Messer dedica ao autor e à sua máquina de escrever conseguiram, como escreve Paul Auster, «converter um objecto inanimado num ser com personalidade, com uma presença no mundo»."
retirado do site wook
Críticas de imprensa:
"Uma extravagância deliciosa."
The New York Times
"Um estranho e cativante livro de arte."
Publishers Weekly
"A paixão conduziu a um livro encantador e original."
Vogue
O escritor Paul Auster:
"Autor de culto, nome cimeiro da actual literatura norte-americana, Paul Auster nasceu em Newark em 1947. 
Escritor de romances sobre almas solitárias, o seu nome é familiar aos devotos da literatura de ficção. A sua obra caracteriza-se por histórias fortes e prosa limpa. O confronto entre o Indivíduo e o vazio, o poder da contingência, a natureza da solidão e memória, são alguns dos temas abordados nos seus romances. Nos seus romances, a narração é geralmente levada a cabo por personagens cuja perturbação vai aumentando à medida que a acção se desenvolve. Realismo, fantasia, acaso e potencialidades realizadas e irrealizáveis vão-se fundindo de forma indestrinçável. 
Paul Auster também se dedicou ao cinema e em 1998 realizou o seu primeiro filme a solo Lulu on the Bridge, com argumento seu. Actualmente (Junho de 2006) encontra-se em Portugal a rodar um novo filme, "The Inner Life of Martin Frost", produzido por Paulo Branco. Paralelamente à carreira de escritor, entre 1986 e 1990 ensinou escrita criativa na Universidade de Princetown, em Nova Iorque. 
Em 1993 Paul Auster foi nomeado em França Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras e nesse mesmo ano ganhou o Prémio Médicis para Literatura Estrangeira.
Em 2006 foi-lhe atribuído o Prémio Príncipe de Astúrias das Letras. 
As Loucuras de Brooklyn, editado pelas Edições ASA, é o seu último romance."
retirado do site wook
Minha opinião:
Este livro fala-nos da máquina de escrever que acompanhou Paul Auster durante 30 anos, a máquina tem o nome de Olympia. Para o escritor já era mais que uma simples máquina era uma companheira de viagens escritas e de viagem.
O que mais me fascinou neste livro é o carinho com que Paul trata a sua Olympia, o modo diferente com que o escritor escreve sobre um objecto, que deixa de ser, pois já tem alma e faz parte integrante da vida do escritor.
Um dos maiores fascínios deste livro são as excelentes ilustrações de Sam Messer, são excelentes, transmitem sentimento puro, a mim como leitora, mesmo sem conhecer a máquina Olympia através das ilustrações foi como se a conhecesse.
Recomendo vivamente a leitura deste livro.
Classificação de 4**** no Goodreads.
Excelentes leituras!